Em resposta à divulgação de detalhes dos planos de Pyongyang para atacar a ilha de Guam, nesta quinta-feira, o presidente americano, Donald Trump, reforçou as ameaças contra a Coreia do Norte. Trump disse que talvez a advertência de lançar “fogo e fúria” sobre o país não tenha sido “dura o suficiente” e que se o líder norte-coreano, Kim Jong-un, ordenar o ataque, terá como resposta algo “nunca visto”.
Trump disse também que a Coreia do Norte “deveria estar muito, muito nervosa. Porque vão lhe acontecer coisas que nunca pensou serem possíveis”. “Melhor a Coreia do Norte ficar esperta ou vai estar em problemas como poucas nações estiveram”, ameaçou.
As declarações foram dadas por Trump ao término de uma reunião de segurança com o vice-presidente, Mike Pence, o assessor de segurança nacional, H.R. McMaster, e o chefe de gabinete, John Kelly, em seu campo de golfe em Nova Jersey, onde passa férias. Quando questionado pelos jornalistas se consideraria a possibilidade de atacar o governo norte-coreano preventivamente, o republicano respondeu que não falaria sobre o assunto, mas criticou as políticas das administrações anteriores por terem sido muito fracas com relação ao país asiático.
“É hora de alguém defender o povo desse país e o povo de outros países. Talvez a advertência não tenha sido suficientemente dura”, disse Trump. “Veremos o que [Kim Jong-un] faz com Guam. Se fizer algo em Guam, [desencadeará] um evento nunca visto antes na Coreia do Norte. Ele verá que não pode sair por aí ameaçando Guam, os Estados Unidos, o Japão e a Coreia do Sul“.
Trump disse ainda, mais uma vez, que a China deveria pressionar Pyongyang a por fim a seu programa de armas nucleares. “Acho que a China pode fazer muito mais” para deter as ambições nucleares da Coreia do Norte.
Ataque a Guam
O regime de Pyongyang detalhou nesta quinta-feira que prepara um plano para disparar em meados de agosto dois mísseis de médio alcance perto das águas territoriais de Guam, ilha americana no Pacífico Ocidental e sede de uma base naval estratégica.
De acordo com exército norte-coreano, a Pyongyang e pretende disparar quatro mísseis de alcance intermediário que passarão sobre o Japão e cairão próximos a Guam. A ideia é que os mísseis atinjam o mar a uma distância entre 30 e 40 quilômetros da ilha.
O presidente americano garantiu que os Estados Unidos estão preparados para várias eventualidades militares e afirmou que sua linguagem firme não é um “desafio”, mas uma “declaração de fatos”. Devido ao aumento da tensão com a Coreia do Norte, que segundo a inteligência americana pode possuir uma ogiva nuclear para instalar em um míssil intercontinental, Trump anunciou um aumento nos gastos com sistemas antimísseis.
(com EFE e AFP)
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