O diretor-geral da Polícia Federal, delegado Leandro Daiello, disse nesta sexta-feira, 11, que “o preço real da corrupção é o Estado mais caro”.
“Afeta a qualidade de serviço”, disse Daiello, em palestra na Escola de Direito da FMU, em São Paulo. O delegado falou sobre o papel da instituição que dirige e a Lava Jato.
“Quando um servidor é corrompido, é a infiltração do crime no Estado”, alertou o delegado, no comando da PF há seis anos e meio.
Segundo ele, mais de 600 operações da PF estão em andamento hoje.
Sobre a Lava Jato e o desmantelamento do cartel de propinas que se instalou na Petrobras entre 2004 e 2014, o diretor declarou. “Não dizemos que a Petrobras é corrupta. Pessoas que estavam lá fizeram isso”, anotou, em referência a ex-diretores que acabaram condenados por corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Leandro Daiello relatou que na Lava Jato, inicialmente, a Polícia Federal mirou os doleiros por meio de buscas e apreensões autorizadas pela Justiça para identificar os clientes dos operadores do mercado paralelo do câmbio. “E chegamos à Petrobras.”
O diretor lembrou que a Lava Jato que chegou à estatal petrolífera não tinha esse nome, era Operação Bidone. “Mas a mídia insistiu tanto que ficou Lava Jato.”
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