Uma aliança de combatentes antiextremistas apoiada pelos Estados Unidos na Síria acusou o governo Bashar al-Assad e seu aliado russo, neste sábado (16), de bombardearem suas posições no leste do país, embora a Rússia negue a ação.
Falando da base de Hmeimim, o porta-voz militar russo, Igor Konashenkov, assegurou à AFP que “não é possível. Por que iríamos bombardeá-los?”.
Esta é a primeira vez que as Forças Democráticas Sírias (FDS), coalizão curdo-árabe que combate o grupo extremista Estado Islâmico (EI) na Síria, anunciam ser vítimas de um bombardeio russo.
Segundo elas, os ataques ocorreram na província de Deir Ezzor, onde o EI tenta resistir às ofensivas do governo e das FDS.
A operação das tropas do governo apoiadas pela Aviação russa se concentra no oeste dessa província, especificamente na cidade de Deir Ezzor, sua capital. Enquanto isso, as FDS, apoiadas pelos aviões americanos, tentam expulsar o EI do leste da província.
“Nesta manhã, nossas forças sofreram um ataque da Força Aérea russa e do governo sírio na zona industrial [nordeste da cidade de Deir Ezzor]. Seis dos nossos combatentes ficaram feridos”, denunciaram as FDS em comunicado.
– ‘Obstruir o avanço’ –
“Enquanto nossas forças conseguem grandes vitórias contra o EI em Raqa (norte) e Deir Ezzor, alguns tentam obstruir o avanço das nossas tropas”, acrescentaram.
Ao anunciar sua ofensiva contra o EI no leste da província de Deir Ezzor, as FDS asseguraram que não houve coordenação com as forças de Bashar al-Assad.
Segundo a coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, foi traçada uma linha na área para evitar qualquer incidente entre os múltiplos atores envolvidos na guerra síria.
Os confrontos entre as FDS e o governo, duas forças rivais, são pouco frequentes. O último deles remonta a junho, quando a coalizão internacional abateu um avião do Exército sírio na província de Raqa, em resposta a um suposto bombardeio desse organismo contra as FDS.
Os extremistas continuam controlando mais da metade da província de Deir Ezzor, zona rica em petróleo, situada na fronteira com o Iraque.
A perda dessa província suporia um duro golpe ao grupo ultrarradical sunita, que manteria apenas a cidade de Raqa e pequenas zonas no centro e no sul da Síria.
Deflagrado em março de 2011 após uma repressão violenta do governo às manifestações pró-democracia, o conflito sírio se restringia, inicialmente, a confrontos entre o Exército e os rebeldes sírios.
Com o passar do tempo, tornou-se uma guerra complexa com inúmeros protagonistas, entre eles atores regionais, internacionais e vários grupos extremistas. Mais de 330.000 pessoas já morreram, e milhões tiveram de abandonar suas casas desde o começo dessa guerra.
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