Escolhido por Raquel Dodge para coordenar o grupo de trabalho da Lava Jato na Procuradoria-Geral da República, o procurador regional José Alfredo Silva afirmou que o Ministério Público Federal não pode querer tanto protagonismo. "O MP naturalmente não deixa de ser um ator político, pelas suas atribuições, que são muito grandes na Constituição", disse José Alfredo. "Mas ele não pode querer ser um ator da agenda política, não é nosso papel, nós já temos poder demais com o que nós fazemos, a nossa responsabilidade é muito grande para que queiramos amplificá-la indevidamente."
As declarações de José Alfredo foram dirigidas a desembargadores do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, em recente sessão de julgamento. Ele atua em processos que tramitam no tribunal. Como fará parte da equipe que vai auxiliar a futura procuradora-geral da República, José Alfredo ficará afastado temporariamente da Corte.
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Elogiado pelos desembargadores, José Alfredo agradeceu e fez comentários sobre o que pensa a respeito da atuação da instituição a qual pertence. Citou o próprio TRF1 como exemplo de atuação institucional que preconiza para a PGR. "Nós vamos procurar levar para lá [PGR] o que os senhores veem aqui no dia a dia. É uma atuação firme, mas responsável, com critério, com discrição, que é o estilo da futura procuradora-geral da República. Acho que é esse tipo de trabalho que se espera do Ministério Público", afirmou.
Raquel Dodge toma posse na manhã desta segunda-feira (18).
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